Monday, December 12, 2005

Thursday, November 24, 2005

Olá ó vida malvada

Adeus vida atinada
Dos horários e das bichas
E das gripes do Inverno
E do suor do Verão

Adeus vida atinada
Ter de dormir sete horas por dia
Ir para o trabalho e ainda é de noite
Ser sempre igual a todas as horas

Adeus vida atinada
Das mil maneiras de passar fome
Adeus ó praias cheias de gente
E um beijo pra quem fica

Mudar de roupa, soltar o cabelo
Dormir no carro, todo nu em pêlo

Dizer que hoje o dia esta perfeito
Pôr óculos escuros a torto e a direito
Pois hoje vou pegar na guitarra
É hoje que eu me faço à estrada

Obviamente, dos grandes Xutos

Tuesday, November 22, 2005

Friday, November 04, 2005

Tuesday, November 01, 2005

Friday, October 28, 2005

Wednesday, October 26, 2005

Bastidores

Houvesse um dia um palco
onde eu pudesse fingir
que te quero


Que eu fosse essa musa
lasciva e hipócrita
que não te deixa dormir
nem te dá com que sonhar

Caísse eu com a chuva
e com as fúrias do vento
do etéreo monte
onde me condenas a estar

E passasse a ter corpo
com que me descrevesses
E passasse a ter tacto
com que te tocasse

E

Houvesse um dia tempo
para que o tempo passasse
e se esquecessem de nós

Ia procurar-te
aos bastidores

Thursday, October 13, 2005

Day of Atonement

Do pôr do sol do dia 9 ao pôr do sol de dia 10 de Tishri passa-se o Yom Kippur. É comemorado com jejum e oração. Não se pode comer, beber, tomar banho ou ter relações conjugais (nada é dito sobre as relações extra-conjugais, portanto, consegui não falhar todas).
O Yom Kippur é o dia do Julgamento Final, onde os destinos de todas as almas ficam selados, mas é principalmente o dia da Reconciliação. Por isso, deixo aqui o secular desejo para os meus amigos, mas principalmente aos que já não o são: que eles possam "ser selados no Livro da Vida para um Bom Ano".
Eu, por mim, sinto-me reconciliada.

Wednesday, October 12, 2005

Outubro


Em dias de chuva acontece por vezes dissolver-me. Dissolve-se-me a alma, bem entendido. Acontece naturalmente, como quando um gesto arrasta outro: como quem canta no banho, ou como quem adormece ao ler na cama. Quando chove, dissolvo-me no caminho, e na cadência dos meus passos existe algo de húmido e uterino, de interior e triste.

Caminho e invento monólogos entre nós. Caminho e piso poças de água. Caminho e declamo, dramatizo e morro, caminho e ensaio tudo outra vez. Através dos dias enceno pedaços de peças, fragmentos e actos. Através dos meses, vou vindimando as histórias, que armazeno em grandes cestos, e depois piso num lagar de mágoas.

Amanhã, vou brindar ao Verão que passou e ao que dele há-de voltar, esperando-os eternamente doces. Amanhã, pode bem chover, que eu sei afogar-me docemente sem nunca desaparecer.

Friday, September 16, 2005

Planisferio

De tão pouco serem planos
os caminhos que percorreste,
acabaram-se os enganos,
mudaram os meus planos:
quero viver nesse hemisfério!

Monday, September 12, 2005

Thursday, August 25, 2005

hungry like the wolf

Burning the ground, I break from the crowd
I'm on the hunt, I'm after you
I smell like I sound, I'm lost and I'm found
And I'm hungry like the wolf
Strut on a line, it's discord and rhyme
I'm on the hunt, I'm after you
Mouth is alive with juices like wine
And I'm hungry like the wolf
Duran Duran

Wednesday, August 24, 2005

MONTE GODEL

Numa pacata terra do oeste, onde o vento fustiga as escarpas, e poucos se atrevem a não usar casaco à noite, eles descobrem um mundo novo.
A fabulosa aventura de um grupo de amigos que pensa que vai passar um dia descansado. Os problemas começam quando alguém deixa queimar a sardinhas..

Dos produtores de Armação de Pêra e Nunca mais é Marrocos, estreia agora

MONTE GODEL

Estreia sábado dia 3 de Setembro na Ericeira perto de si.
Sessões a partir das 17h

Tuesday, August 23, 2005

To whom it may

It's a question of lust
It's a question of trust
It's a question of not letting
What we've built up
Crumble to dust
It is all of these things and more
That keep us together

Depeche Mode

Thursday, August 18, 2005

Captain's (b)log, day 1085

fins de tarde em que não estás
em que me sento e viajo
debruçada sobre a proa

pergunto-me se saberás
que os meus olhos te habitam
quando percorro Lisboa

Wednesday, August 17, 2005

Primeiro post, últimos ritos

Sim, porque eu também tinha um caderno preto, velho e quadriculado. Não um moleskine, um de marca branca: continente. Mas parece que isso já cá se não usa.